Considerado concorrido para todos os profissionais, o mercado de tecnologia segue evoluindo em quesito inovação. No entanto, mesmo diante das mudanças do mercado, ainda é predominante a presença masculina no setor, o que tem gerado discussões sobre a importância da presença feminina e busca por formas de trazer maior conscientização sobre equidade e possibilidades inclusivas para profissionais.
Em dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), há um crescimento de 60% na representatividade feminina na área de TI nos últimos cinco anos, mas poucas dessas mulheres ocupam cargos de liderança. Além disso, em um cenário de demissões em massa, o Layoffs Brasil divulgou um relatório que aponta que dos 3.071 profissionais impactados apenas em fevereiro, 59% são mulheres, o que reafirma a resistência do setor quando se fala de equidade.
Segundo Kari Silveira, cofundadora e COO da Impulso, organização especializada no desenvolvimento de profissionais e entrega de times de tecnologia sob demanda, o cenário é favorável, mas ainda há obstáculos e desafios a serem superados pelas mulheres em tecnologia. “Atualmente, vemos com mais frequência que existem esforços e iniciativas para que a presença feminina no segmento cresça de forma exponencial. Ainda assim, estamos longe de atingir uma igualdade de gênero no setor, principalmente quando se fala em liderança”, aponta a executiva. “Mas esse tipo de iniciativa precisa estar presente desde os processos seletivos, que, em grande parte, ainda veem a presença das mulheres na TI com um viés estigmatizado”.
Para contribuir com essa evolução, a Impulso criou o Diversifica, um programa de incentivo que subsidia 80% do custo do serviço para que companhias possam contratar pessoas pertencentes a grupos minorizados. “Com mais de 73% dos cargos de liderança ocupados por mulheres, também reforçamos o posicionamento da Impulso por meio da utilização de marcadores identitários em nossos sistemas de gerenciamento de talentos para apoiar no processo de ofertas de vagas afirmativas”, explica Kari.
A empresa também possui uma Comunidade com mais de 130 mil profissionais de tecnologia que é composta por mais de mil grupos, dentre os quais mais de 100 exclusivos de mulheres. Para fortalecer ainda mais o movimento em sua Comunidade, a empresa criou um grupo específico para mulheres que desejam se tornar gestoras com processos ágeis, liderado pela própria Kari Silveira, cofundadora e COO da empresa.