Para empresas do setor de tecnologia, 2023 deve trazer várias oportunidades de crescimento, mesmo com incertezas do mercado e instabilidades políticas. Essa é a visão da NTT DATA, cuja expansão para o ano é projetada entre 15 e 20% no mercado nacional.
“Todos os nossos planos e estratégias visam essa meta”, afirma o CEO da empresa, Ricardo Fachin. A companhia planeja aumentar o número de clientes, expandir o portfólio de soluções, por meio de aquisições e fusões, além das novas possibilidades de negócios trazidas com a consolidação da operação global.
Atualmente, a NTT DATA está presente em 30 países e alcançou em 2021 um faturamento total de 1,2 bilhão de euros. No Brasil, ao menos uma nova aquisição será concluída em 2023 e outra está em negociação, investimento de aproximadamente 50 milhões de dólares nos próximos seis meses.
Além das operações no mercado nacional, a NTT DATA segue realizando aquisições nos principais mercados em que atua em âmbito global, sendo essa uma das estratégias para atingir o top 5. Em 2022, o grupo NTT DATA adquiriu duas empresas: a americana My Supply Chain Group e a australiana Natuvion. “A prioridade é fazer aquisições de empresas de software ou com ofertas de serviços especializados que atendam as necessidades de nossos clientes”, destaca Fachin.
Mercado de TI no Brasil em expansão
Segundo Fachin, o mercado brasileiro é extremamente promissor. “No Brasil o mercado de TI cresce em um ritmo superior ao restante do mundo. Em 2022 nós registramos próximo de duas vezes o crescimento global.” A explicação para isso, de acordo com o CEO, está no nível de maturidade tecnológica das empresas, que ainda registra defasagem se comparada aos outros países, principalmente aqueles mais desenvolvidos.
A dinâmica do setor gera necessidades permanentes. Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Software, o crescimento do mercado brasileiro de TI em 2022 deve fechar em 14,3% e, em escala global, 6,4%.
O cenário é impulsionado, principalmente, pela dinâmica das empresas para atender ao forte consumo brasileiro. “Somos grandes em termos de consumo, e para atender a demanda, as empresas investem em tecnologia para inovar e serem líderes em seus mercados”, explica Ricardo Fachin. “Isso acontece em vários setores, como o agronegócio, varejo e manufaturas. Recentemente, o setor de serviços e financeiro despontou como um dos que mais investem em TI, o que mostra que a área ganha porte e precisa das nossas soluções para atender seus clientes”, completa.
Em adição a isso o Brasil também é um exportador de serviços de TI e o principal motivo disso é a localização geográfica. A proximidade de fuso horário para a América do Norte, por exemplo, torna o país competitivo e capaz de fazer entregas com preços e condições melhores do que os fornecedores da Ásia.
O cenário favorável para os negócios fez com que a NTT DATA antecipasse o atingimento do marco de 1 mil empregados, o que está prestes a ocorrer – e isso sem contar com as novas aquisições.
