O relatório da Trend Micro destaca que no primeiro semestre deste ano, foram bloqueadas um total de 85,6 bilhões de ameaças, o que representa quase 59% do total registrado em 2022, que foi de 146 bilhões. Esses números ressaltam a crescente atividade do cibercrime, com foco especial nos Estados Unidos, Brasil e Índia como alvos prioritários nesses primeiros seis meses do ano.
Desde 2013, o Brasil tem consistentemente figurado como um dos principais alvos de cibercriminosos na América Latina e em todo o mundo. Para melhorar a proteção, é fundamental que as organizações e empresas adotem soluções de segurança em multicamadas, aumentando a visibilidade e a detecção de comportamentos suspeitos, além de garantir uma resposta rápida em caso de invasões, conforme destaca César Cândido, diretor geral da Trend Micro Brasil.
O relatório identifica os arquivos maliciosos como o principal vetor de ataques neste semestre, totalizando 45,9 bilhões de ataques, o que corresponde a 53,6% do total bloqueado pela Trend Micro no período. A indústria foi o setor mais atacado, com mais de 10 bilhões de ataques, seguido pelos setores de saúde (9,7 bilhões), tecnologia (9,5 bilhões), varejo (7,8 bilhões) e governo (6,4 bilhões).
Os ataques por e-mail também foram amplamente utilizados pelos cibercriminosos, com mais de 37 bilhões (43%) de ofensivas maliciosas no semestre. Os Estados Unidos foram o país mais atacado por esse tipo de estratégia, seguido por China, Holanda, França e Rússia.
Quanto aos ataques de ransomware, houve uma tendência de queda nos últimos anos, totalizando cerca de 6 milhões e 700 mil casos nos primeiros seis meses de 2023, cerca de 1 milhão e 300 mil casos a menos do que no mesmo período do ano passado. Os setores mais atingidos por ransomware foram o bancário, o varejo e o de transporte, com Turquia, Estados Unidos e Japão sendo os países mais afetados. As cinco famílias de ransomware mais ativas nesse período foram Locky, Gorf, Cerber, BlackBasta e LockBit.
O relatório também destaca que os criminosos têm ampliado sua atuação por meio de novas ferramentas e parcerias, explorando vulnerabilidades em plataformas menores para atingir alvos específicos.
Em relação às campanhas de malware, os setores governamental e industrial foram os principais alvos, com cerca de 145 mil registros cada um, seguidos por áreas como saúde, educação e tecnologia. Os Estados Unidos, Japão e Itália lideraram em detecções de campanhas de malware.
As três famílias de malware mais ativas foram Webshell, CoinMiner e Bondat. O relatório se baseia na análise da infraestrutura de segurança de dados da Trend Micro Smart Protection Network (SPN) e dados coletados por várias equipes de pesquisa e segurança da Trend Micro.
Para obter mais detalhes do relatório, você pode acessar o documento completo aqui.