Comportamento criminoso se normaliza entre jovens; vítimas são alvo de múltiplos ataques; estados colaboram com cibercriminosos; e o roubo de dados gera uma epidemia de fraudes. Essas são algumas das tendências identificadas nos relatórios da Europol e da Agência Nacional do Crime do Reino Unido. A ESET, líder em detecção proativa de ameaças, analisa esses dados preocupantes.
“As forças de segurança desempenham um papel fundamental na luta contra adversários cada vez mais ágeis e bem equipados. Usuários e empresas devem fortalecer suas defesas, enquanto os provedores de serviços desempenham um papel crucial na investigação de ameaças emergentes, incorporando proteção em seus produtos e colaborando com as autoridades para desmantelar organizações criminosas. A mensagem é clara: a ciberdelinquência não é lucrativa”, ressalta Phil Muncaster, editor de tecnologia na ESET.
Aqui estão as cinco principais tendências de crimes online:
- Estados aliados aos cibercriminosos: A fronteira entre atividades patrocinadas pelo Estado e cibercrime está se tornando cada vez mais tênue, com governos hostis recorrendo a grupos do crime organizado como agentes.
- Epidemia de fraudes alimentada pelo roubo de dados: A fraude representa uma parcela significativa de todos os crimes, impulsionada pelo constante vazamento de dados na dark web. Os dados comprometidos são a “mercadoria central” do cibercrime.
- Vítimas alvo de múltiplos ataques: A mesma organização é frequentemente atacada repetidamente, devido à venda de acesso por intermediários a diversos agentes de ameaças.
- Persistência do phishing: O phishing continua sendo uma tática eficaz, explorando a vulnerabilidade humana. Kits de phishing e ferramentas de IA estão tornando os ataques ainda mais sofisticados.
- Normalização do comportamento criminoso entre jovens: A dark web serve como um ambiente de aprendizado e recrutamento para atividades criminosas, e um número significativo de jovens europeus se envolve em cibercrimes.
Muncaster enfatiza que a aplicação da lei é apenas uma parte da solução, e é essencial que a sociedade trabalhe em conjunto para combater a cibercriminalidade, da mesma forma que os cibercriminosos colaboram entre si.