A aplicação da Inteligência Generativa deixou de ser apenas sobre estudos teóricos e passou a ser uma realidade imposta em todos os setores econômicos e sociais ao redor de todo o mundo. Para se ter uma ideia do cenário em que a IA faz diferença, segundo o relatório “Work, Workforce, Workers – Reinvented in the Age of Generative AI”, elaborado pela Accenture, há um movimento que envolve novos caminhos de liderança, formatos de trabalho, remodelagem de talentos e preparação de equipes, apontando uma nova abordagem sob o conceito de people-centric, que pode gerar um impacto econômico de US$ 10,3 trilhões nos próximos anos.
O mesmo relatório indica outro ponto extremamente relevante, que aponta uma série de estratégias que sejam capazes de acelerar o potencial de colaboração entre as pessoas e as soluções de Inteligência Artificial Generativa. Isso se deve ao fato de que 65% dos executivos admitirem não ter a expertise necessária para lidar com as tecnologias aplicadas em IA.
Diante disso, a pergunta que não quer calar é: como solucionar esse problema? A resposta não é simples, mas é tangível. O que precisa ser feito é que os CEOs e C-leves devem começar a estudar e se engajar pessoalmente com as ferramentas de IA e passá-las a aplicá-las dentro de todos os processos de sua companhia.
A IA tem impactado principalmente os modelos de trabalho, pois à medida que os processos mudam, os modelos também mudam e, consequentemente, o trabalho. Por isso é ponto imperativo a adaptação, tanto de humanos quanto das máquinas, para acompanhar as transformações nessa rica cadeia de valor.
Quando voltamos o olhar para a remodelagem dos talentos, é preciso entender que a IA trata-se de um processo contínuo e dinâmico. Por isso, gestores devem incluir o mapeamento de habilidades para facilitar transições suaves entre funções em declínio e demandas emergentes, atuando para desenvolver talentos que sejam capazes de atender as necessidades mais atuais.
Por fim, a IA Generativa também demanda processos de treinamentos a partir de um tripé, individual, organizações e das próprias máquinas. Por isso é tão importante que as equipes estejam totalmente envolvidas em todas as etapas para que sejam capazes de acompanhar as mudanças e promover transformações positivas no ecossistema que atuam.
*Por Bruno Padredi, CEO e Founder da B2B Match.
