A segurança desponta como o principal desafio enfrentado por empresas que adotam plataformas low-code, com dados de um estudo global conduzido pela KPMG. Com 42% das empresas destacando essa preocupação, a pesquisa revela nuances regionais, com taxas ligeiramente inferiores na Europa (40%), Oriente Médio (45%), África (42%), e nos Estados Unidos (38%).
O estudo “Low-code adoption as a driver of digital transformation”, que abrangeu 2.000 empresas de diversas regiões, salientou que 81% das organizações consideram o desenvolvimento em plataformas low-code estrategicamente crucial. Entretanto, somente metade delas (55%) tem orientações claras sobre quais aplicativos devem ser desenvolvidos utilizando essa tecnologia, sendo esse número menor nos EUA (47%).
Ênfase na governança e estratégia
Outro ponto enfatizado é o crescimento da importância da governança, com 47% das empresas já estabelecendo ou planejando diretrizes específicas para o uso de low-code, uma tendência observada globalmente.
Ricardo Santana, sócio-líder de Data & Analytics, Automação e Inteligência Artificial da KPMG no Brasil e na América do Sul, destaca: “Empresas em todo o mundo estão enfrentando a necessidade urgente de otimizar processos de TI e estimular a inovação. As plataformas low-code… contribuem para as empresas responderem às demandas do mercado e realizarem reduções significativas de custos.”
Crescente aceitação e customização
A aceitação do low-code está em ascensão na Europa, com um terço (31%) das organizações europeias considerando-o um componente crítico de sua estratégia de desenvolvimento de software, um aumento de 12% em relação ao estudo anterior. No entanto, há diferenças entre Europa e EUA quanto à necessidade de customização, com 43% das empresas europeias vendo a falta de opções como um desafio, enquanto nos EUA essa visão é compartilhada por apenas 32%.
A KPMG destaca ainda que a Inteligência Artificial (IA) está cada vez mais presente nas discussões sobre low-code, com 88% dos tomadores de decisão considerando-a com potencial interesse e relevância. Além disso, 69% das empresas atribuem a responsabilidade pelas diretrizes de low-code aos gerentes de departamento de TI.
Priorização de aspectos chave
Os gestores estão priorizando a escalabilidade (91%), ferramentas abrangentes para desenvolvedores (90%) e segurança (90%) ao escolherem plataformas low-code, evidenciando a busca por soluções robustas e alinhadas com as demandas do mercado atual.