A Check Point Research (CPR) divulgou hoje seu Índice Global de Ameaças, revelando um cenário preocupante no panorama da cibersegurança. O destaque vai para o aumento significativo nos ataques do Trojan Androxgh0st, direcionado às plataformas Windows, Mac e Linux. Este malware, agora em segundo lugar entre os principais malwares, tem sido utilizado como ferramenta para o roubo de informações confidenciais por meio de botnets.
A ascensão do androxgh0st
Os pesquisadores da CPR têm observado atentamente a evolução das atividades do Androxgh0st desde dezembro de 2022. O Trojan tem se destacado ao explorar vulnerabilidades como CVE-2021-3129 e CVE-2024-1709, implantando web shells para controle remoto e concentrando esforços na criação de botnets para o roubo de credenciais. Essa tendência foi observada em um Conselho de Segurança Cibernética (CSA) formado em conjunto pelo FBI e pela CISA (US Cybersecurity and Infrastructure Security Agency).
O cenário também revela desafios persistentes no combate aos ransomwares. Embora o LockBit3 permaneça como o principal grupo de ransomware, sua taxa de detecção caiu 55% desde o início do ano, reduzindo seu impacto global de 20% para 9%. No entanto, o LockBit3 ainda lidera o ranking, seguido por Play com 7% e 8Base com 6%.
Perspectivas e recomendações
Maya Horowitz, vice-presidente de pesquisa da Check Point Software, enfatiza que apesar dos avanços na desmontagem do LockBit3, as organizações devem manter a vigilância e reforçar suas defesas cibernéticas. Ela ressalta a importância de implementar defesas de múltiplas camadas, backups robustos e planos de resposta a incidentes para garantir uma segurança cibernética resiliente.
As vulnerabilidades mais exploradas em abril de 2024 incluem “Command Injection Over HTTP” e “Web Servers Malicious URL Directory Traversal”, afetando 52% das organizações globalmente. Quanto aos principais malwares, o FakeUpdates liderou a lista global, seguido pelo Androxgh0st e Qbot.
No campo dos malwares móveis, o Anubis se manteve como o mais prevalente, seguido por AhMyth e Hiddad. Enquanto isso, os setores mais atacados globalmente foram Educação/Pesquisa, Governo/Forças Armadas e Saúde, com Comunicações, Governo/Forças Armadas e Transportes liderando no Brasil.
Grupo de ransomware dominante
O LockBit3, apesar das quedas, permanece como o grupo de ransomware mais prevalente, seguido por Play e 8Base.
No cenário brasileiro, o FakeUpdates liderou com impacto significativo, seguido pelo Qbot e Androxgh0st, destacando a importância contínua da segurança cibernética em todas as frentes.