A colaboração entre a Trend Micro e a Interpol levou à prisão de cinco programadores e operadores brasileiros associados ao trojan bancário Grandoreiro. A ação ocorreu após a Unidade de Crimes Cibernéticos da Interpol, em conjunto com as autoridades brasileiras e espanholas, agirem contra uma quadrilha que utilizava phishing para roubar dados bancários e esvaziar contas.
O Grandoreiro, identificado pela primeira vez em 2018, é disseminado através de e-mails de phishing contendo links ou anexos maliciosos. Estes e-mails se passam por instituições financeiras legítimas, levando os usuários a baixar o malware. Uma vez instalado, o Grandoreiro atua como um típico trojan bancário, roubando credenciais bancárias através do monitoramento de atividades bancárias online. O grupo criminoso, após obter controle das contas, desviava os fundos para uma rede de intermediários que lavava o dinheiro antes de transferi-lo para o Brasil. Estima-se que mais de 3,5 milhões de euros tenham sido desviados, com potencial de prejuízo na casa dos 110 milhões de euros se a ação da quadrilha não tivesse sido interrompida.
Cooperação internacional e resultados
A Trend Micro, em sua constante colaboração com autoridades internacionais como a Interpol, tem obtido êxito em desmantelar grupos criminosos. Exemplos incluem a recente prisão de hackers envolvidos em golpes de Phishing as a Service (PaaS), operações como a “African Cyber Surge I e II”, “Operação Killer Bee” realizada em parceria com autoridades do sul da Ásia, e a captura de membros das gangues REvil e Cl0p na Operação Cyclone.
Essas ações conjuntas demonstram a eficácia da cooperação entre setor privado e autoridades na luta contra o crime cibernético, destacando a importância do compartilhamento de recursos e conhecimentos para proteger organizações e indivíduos contra ameaças digitais cada vez mais sofisticadas.