A Forcepoint, líder em soluções de segurança digital, compartilhou seus insights sobre as tendências emergentes que vão moldar a cibersegurança em 2025. Entre os principais desafios estão a proteção de dados sensíveis, o gerenciamento de Inteligência Artificial (IA) e as regulamentações globais sobre o uso de tecnologia.
Proteção de dados e gestão de acessos
À medida que o uso da IA cresce, a proteção de dados torna-se uma preocupação central. A Forcepoint afirma que a inovação nas soluções de segurança precisa acompanhar a expansão da IA, que, embora traga várias soluções, também apresenta riscos.
“Apesar da proteção de dados ser uma prioridade, as vulnerabilidades nos sistemas corporativos continuam a ser uma porta aberta para ciberataques. O próximo passo é entender como proteger as trocas de informações realizadas pelas IAs e adaptar as infraestruturas de TI para mitigar esses riscos”, comentou um porta-voz da Forcepoint.
A empresa destaca que, em 2025, o foco estará no gerenciamento de acessos e na segurança dos dados. Ferramentas como o AISPM (Artificial Intelligence Security Policy Management) e o IA Mesh são apresentadas como soluções essenciais para garantir a segurança de dados, prevenindo vazamentos e identificando riscos no uso de IA e Machine Learning.
Desafios regulatórios e legislação global sobre IA
Outro ponto crítico é a regulamentação do uso da IA. Embora países como Estados Unidos, Canadá e Brasil tenham adotado medidas para proteger dados, ainda há um longo caminho a percorrer. A Forcepoint alerta para a necessidade de regulamentações mais claras e eficientes, que não impeçam a inovação tecnológica.
“O crescimento das regulamentações precisa ser equilibrado para não sobrecarregar as empresas com um emaranhado de normas, o que poderia impactar negativamente o progresso das tecnologias de IA. É importante que as empresas possam operar em um ambiente transparente, com dados claros sobre o que está sendo manipulado e a opção de desativar ferramentas, se necessário”, afirmou o porta-voz da empresa.
Ameaças de malware em infraestruturas legítimas
A pesquisa da Forcepoint também revelou uma nova tendência em ataques cibernéticos: o uso de infraestruturas legítimas para hospedar malware. Plataformas como Trycloudflare.com, Discord CDN e Secureserver.net têm sido exploradas por cibercriminosos para filtrar dados e realizar campanhas de phishing.
O X-Labs, laboratório de IA da Forcepoint, identificou mais de 3,7 milhões de e-mails suspeitos enviados por meio do domínio secureserver.net, mesmo sendo uma infraestrutura de segurança reconhecida.
“O uso de IA amplia as possibilidades de campanhas de malware, permitindo aos cibercriminosos criar e-mails e mensagens que parecem autênticos, falsificar documentos e até usar voz para enganar os usuários”, alertou o laboratório.
Desafios no gerenciamento de dados e conflitos jurídicos
Com a diversidade de leis e regulamentações sobre o uso de dados, as empresas enfrentam dificuldades em garantir a conformidade. A Forcepoint sugere que uma solução viável seria uma mudança geopolítica que alinhasse as regulamentações globais, criando uma lista única de regras para simplificar a adaptação dos negócios.
“Para que as empresas consigam inovar sem ter seu fluxo de trabalho prejudicado, é essencial que adotem ferramentas de segurança adequadas e realizem análises de dados, permitindo que as regulamentações não se tornem um obstáculo”, concluiu a empresa.
Em um cenário em que a IA continua a se expandir, a combinação de inovações em segurança de dados, regulamentações equilibradas e estratégias eficazes de defesa contra ameaças se torna fundamental para garantir a cibersegurança em 2025.