A Cisco (NASDAQ: CSCO) divulgou o Estudo de Privacidade de Dados 2025 (Data Privacy Benchmark Study), trazendo uma análise detalhada sobre as tendências de privacidade e seus impactos nos negócios. O levantamento, realizado em 12 países com a participação de 2.600 profissionais de segurança e privacidade, revela que, embora a proteção de dados continue sendo um pilar estratégico para as empresas, a chegada da Inteligência Artificial (IA) tem tornado o cenário ainda mais complexo.
A pesquisa aponta que 91% dos entrevistados confiam nos provedores globais para proteger melhor os dados, ao mesmo tempo em que 90% consideram o armazenamento local mais seguro. No Brasil, esse índice chega a 92%, refletindo um forte interesse pela soberania digital e pela segurança dos dados armazenados dentro do território nacional.
“Privacidade e governança adequada de dados são fundamentais para uma IA responsável”, afirma Dev Stahlkopf, Chief Legal Officer da Cisco. “Para as empresas que buscam se preparar para a IA, os investimentos em privacidade estabelecem uma base essencial, ajudando a acelerar uma governança eficaz da IA.”
Regulamentações impulsionam a confiança e os investimentos
A pesquisa revela um crescimento da confiança nas regulamentações de privacidade. 86% das empresas consideram que as leis de proteção de dados impactam positivamente seus negócios, um aumento em relação aos 80% registrados no ano anterior.
Mesmo com os custos de conformidade, 96% das empresas afirmam que os benefícios da privacidade de dados superam os investimentos realizados. No Brasil, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) tem uma aceitação ainda maior: 95% das organizações enxergam vantagens na legislação para suas operações.
Os consumidores também demonstram mais conscientização sobre a privacidade digital. De acordo com a Pesquisa de Privacidade do Consumidor da Cisco 2024, 53% dos entrevistados em todo o mundo conhecem as leis de privacidade de seus países. Entre aqueles que têm esse conhecimento, 81% confiam mais na segurança dos seus dados.
“O direcionamento pela localização de dados reflete o crescente interesse pela soberania digital”, destaca Harvey Jang, Chief Privacy Officer da Cisco. “No entanto, uma economia digital global próspera depende de fluxos de dados transfronteiriços confiáveis.”
IA Generativa e os riscos da privacidade
A familiaridade com a Inteligência Artificial Generativa (GenAI) está crescendo rapidamente. O estudo aponta que 63% dos entrevistados no mundo se sentem familiarizados com essa tecnologia, enquanto no Brasil esse número sobe para 76%.
Apesar do otimismo, há preocupações com riscos não intencionais de privacidade. 64% dos profissionais temem compartilhar inadvertidamente informações sensíveis publicamente ou com concorrentes, e quase metade admite já ter inserido dados pessoais de funcionários ou informações empresariais não públicas em ferramentas de GenAI.
Essa lacuna destaca a importância de soluções que reforcem a segurança e governança de IA, como o Cisco AI Defense, que previne o uso indevido de ferramentas de IA e protege contra vazamentos de dados.
Privacidade e IA: prioridade nos investimentos de TI
Os investimentos em privacidade continuam crescendo. No Brasil, 97% das empresas consideram que o retorno financeiro dos investimentos em privacidade supera os custos, alinhado com a média global de 96%.
Além disso, 99% das empresas brasileiras pretendem realocar recursos de privacidade para governança de IA no próximo ano, refletindo o mesmo índice global. O Readiness Index para IA da Cisco 2024 prevê que os orçamentos de TI para IA devem praticamente dobrar em 2025, à medida que as empresas buscam implementar a tecnologia de forma segura.
A Cisco continuará monitorando essa evolução, reconhecendo que a privacidade e a governança da IA são fundamentais para construir sistemas confiáveis e sustentáveis.
Equilíbrio entre segurança e inovação
O estudo da Cisco reforça a necessidade de um equilíbrio entre armazenamento local, expertise global e regulamentações de privacidade para que as empresas possam aproveitar todo o potencial da IA sem comprometer a segurança dos dados e a confiança dos consumidores.
A governança de dados, mais do que um requisito legal, se consolida como um investimento estratégico essencial para garantir a inovação responsável e a sustentabilidade dos negócios na era da IA.