Transformar o complexo em acessível: Guilherme Martins, CEO da Eitri, revela em entrevista exclusiva para o IT Section como a empresa está moldando o futuro dos apps no Brasil com uma plataforma modular inspirada nos superapps chineses. Performance, escalabilidade e velocidade para competir com os grandes — sem engessar o cliente. Confira!
TI Section: O mercado de aplicativos está em franca expansão, com projeções bilionárias para os próximos anos. Como a Eitri se posiciona dentro desse cenário e quais diferenciais vocês oferecem para se destacar?
Guilherme Martins: A Eitri nasceu para acelerar a transformação digital das empresas, oferecendo uma plataforma de desenvolvimento de aplicativos móveis com foco total em performance, personalização e time-to-market. Somos uma resposta direta à demanda de empresas que precisam criar apps potentes, evolutivos e escaláveis sem depender de estruturas rígidas ou demoradas. Nosso diferencial está na combinação de tecnologia própria, profundo conhecimento em e-commerce e uma arquitetura modular inspirada nos superapps chineses. Cada funcionalidade pode ser desenvolvida como um “mini app” independente, o que agiliza entregas, facilita manutenção e garante flexibilidade para escalar. Enquanto o mercado ainda opera com modelos monolíticos ou híbridos limitantes, a Eitri entrega uma estrutura moderna, pronta para competir com os maiores players — com uma velocidade e eficiência que nenhuma consultoria tradicional consegue acompanhar.
IT Section: A inspiração em apps chineses é um ponto marcante da Eitri. Que elementos desses aplicativos vocês adaptaram para o mercado brasileiro e por quê?
Guilherme Martins: A principal inspiração que trouxemos foi referente a arquitetura dos superapps — como WeChat ou Alipay — que operam como ecossistemas modulares. Traduzimos esse conceito para o Brasil com foco em produtividade, segurança e controle. Nossa plataforma permite que empresas desenvolvam funcionalidades de forma paralela, independente e contínua, evitando o acúmulo de atualizações e facilitando o teste e lançamento de novas features. Adaptamos isso ao contexto brasileiro com integração nativa a plataformas como a VTEX, Wake, Shopify e outras, mantendo sempre a experiência de usuário em primeiro plano.
IT Section: A pandemia acelerou a transformação digital em diversos setores. Como esse contexto influenciou a criação e a estratégia da Eitri?
Guilherme Martins: A pandemia deixou claro que estar no mobile não é mais opcional. Vimos muitas empresas tentando correr atrás do prejuízo, mas esbarrando em processos longos, caros e complexos. A Eitri nasceu exatamente desse cenário: com a missão de tornar o desenvolvimento mobile mais rápido, modular e acessível. Estruturamos a plataforma para que qualquer empresa possa entrar de forma competitiva no universo dos apps, sem precisar reconstruir tudo a cada mudança. É uma solução pronta para o presente — mas pensada com o futuro em mente.
IT Section: A empresa foi fundada recentemente, em 2024, e já projeta um faturamento de R$ 4 milhões em 2025. Que fatores foram essenciais para esse crescimento tão rápido?
Guilherme Martins: O primeiro fator é o modelo de negócio e do produto, a Eitri resolve um problema real com uma proposta clara e inovadora.Ela é uma ferramenta que se adequa ao ecossistema atual de desenvolvimento em especial no mercado de E-commerce. E o segundo é o timing: estamos entregando uma solução que o mercado precisa exatamente agora, com um modelo arquitetural que simplifica o que antes era complexo, mas principalmente com preço aderente ao momento atual do país e do mundo. Em especial no mercado de aplicativos de e-commerce, a regra é fazer sempre mais com menos. E Eitri é a principal ferramenta que entrega muito mais para os varejistas sem apertar ainda mais suas margens. Além disso, o boca-a-boca entre empresas e agências acelerou nossa tração, essa rede de parceiros é um motor muito importante para esse resultado.
IT Section: Quais são os principais desafios hoje no desenvolvimento de aplicativos voltados para e-commerce mobile, e como a Eitri tem enfrentado essas barreiras?
Guilherme Martins: O maior desafio está em oferecer aplicativos que sejam, de fato, customizáveis, escaláveis e fáceis de evoluir. A maioria das soluções disponíveis no mercado engessa o cliente: coloca todo mundo na mesma estrutura e entrega experiências genéricas, com pouca ou nenhuma capacidade real de diferenciação. Isso mina a competitividade das marcas, especialmente no e-commerce, onde a experiência mobile é decisiva para conversão e fidelização.
Além disso, muitos apps ainda são construídos de forma monolítica: qualquer pequena mudança exige atualizações complexas e demoradas, o que trava a inovação. A Eitri rompe com esse modelo ao adotar uma arquitetura modular, baseada nos “Eitri-apps” — funcionalidades isoladas que funcionam como mini aplicativos dentro de um app principal. Isso permite lançar, testar e manter novas features de forma independente, com mais agilidade, menos custo e mais estabilidade.
Um dos nossos maiores diferenciais é permitir que o atual ecossistema de agências passe a atuar também no mobile com a mesma fluidez com que desenvolvem sites hoje. As customizações podem ser feitas usando o mesmo stack e os mesmos profissionais que já trabalham com web, o que elimina a barreira técnica que historicamente afastou muitas agências do universo de apps. Isso abre um novo mercado e transforma o desenvolvimento mobile em algo acessível, criativo e escalável.
IT Section: Acredita que o mercado brasileiro está pronto para soluções mobile-first em larga escala? Que setores estão mais maduros nessa adoção?
Guilherme Martins: O comportamento do consumidor já é mobile-first. O que faltava era uma tecnologia que acompanhasse essa demanda com flexibilidade e eficiência. Hoje, setores como varejo, delivery, bancos e educação já estão maduros — mas vemos uma onda crescente também em áreas como saúde, mobilidade e serviços B2B. A Eitri está preparada para atender todos esses segmentos com uma abordagem moderna, modular e adaptável, que reduz as barreiras de entrada para qualquer empresa, independentemente do porte.
IT Section: Olhando para os próximos anos, quais são os planos da Eitri em termos de expansão, tecnologia e inovação?
Guilherme Martins: Nosso plano é consolidar a Eitri como referência em desenvolvimento modular de aplicativos no Brasil e expandir para América Latina. Em tecnologia, estamos evoluindo nossa plataforma com foco em inteligência artificial, automação e análise preditiva de dados para personalização. Também queremos expandir nossas verticais para outros segmentos como conteúdo, assinaturas e grandes eventos, por exemplo. O futuro é dos superapps — e acreditamos que qualquer empresa pode ter o seu. A Eitri está aqui para tornar isso possível de forma acessível.