No atual cenário tecnológico, garantir a continuidade das operações diante de falhas inesperadas é fundamental para a sobrevivência das empresas. Contudo, muitos negócios brasileiros ainda não priorizam a implementação de planos estruturados de Disaster Recovery (DR), deixando dados e processos vulneráveis a interrupções e prejuízos.
Segundo dados da Gartner, o custo médio da inatividade para uma empresa chega a US$ 5.600 por minuto — mais de R$ 30 mil —, valor que cresce exponencialmente com a duração da paralisação. Além das perdas financeiras imediatas, a reputação da marca e o cumprimento de obrigações legais podem ser severamente impactados, especialmente quando há envolvimento de dados sensíveis de clientes e parceiros.
Disaster Recovery: salvaguarda essencial, não luxo
“Disaster Recovery não é luxo — é uma salvaguarda essencial em um mundo onde ciberataques, falhas humanas e eventos climáticos extremos são cada vez mais comuns”, afirma Erik de Lopes Morais, COO da Penso Tecnologia. Para ele, um erro comum das empresas é confiar em backups manuais ou soluções genéricas, sem adequar o plano às necessidades específicas de cada operação.
“É preciso mapear os sistemas mais críticos, entender os fluxos de negócio e desenhar um plano de recuperação que esteja alinhado à realidade e ao ritmo de cada empresa”, destaca Morais, reforçando que a personalização do plano é fundamental para que ele funcione quando necessário.
A falsa segurança da nuvem e a importância dos testes periódicos
Outro equívoco recorrente, segundo o executivo, é a crença de que armazenar dados na nuvem garante proteção automática. “A nuvem facilita a recuperação, mas não substitui um plano estruturado de DR. É preciso ter procedimentos claros, responsabilidades definidas e testes periódicos para garantir que tudo funcione quando for realmente necessário”, alerta Morais.
Maturidade crescente, mas ainda insuficiente no mercado brasileiro
Especialista em performance e segurança de TI, a Penso Tecnologia observa que setores como varejo, indústria e serviços têm demonstrado maior maturidade no tema. Mesmo assim, a maioria das empresas no Brasil não possui políticas formais de recuperação de desastres, um risco significativo diante da transformação digital acelerada.
A Penso reforça que o plano de Disaster Recovery deve deixar de ser um recurso opcional para virar parte integrante da estratégia corporativa. Além de existir, o plano precisa ser revisado regularmente e testado com simulações reais de crise, garantindo sua efetividade diante de situações inesperadas.













