O setor de telecomunicações e mídia começou 2025 com desempenho mais tímido no mercado de fusões e aquisições. De acordo com pesquisa da KPMG, houve uma queda de 22% no número de transações no primeiro trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período de 2024.
Nos três primeiros meses de 2025, foram realizadas sete operações no setor, contra nove no primeiro trimestre do ano anterior. O levantamento integra um estudo trimestral conduzido pela KPMG, que acompanha o comportamento de fusões e aquisições em 43 segmentos da economia brasileira.
Predomínio das transações domésticas
Das sete operações consolidadas no setor de telecomunicações e mídia neste início de ano, a maioria (cinco) foi do tipo doméstica — ou seja, envolvendo exclusivamente empresas brasileiras.
As outras duas transações envolveram players internacionais: uma teve participação de estrangeiros adquirindo empresas estabelecidas no Brasil, enquanto a outra foi protagonizada por uma companhia brasileira comprando participação de capital de uma empresa sediada no exterior.
Panorama geral: retração leve no Brasil
Em um panorama mais amplo, o mercado brasileiro como um todo registrou 330 operações de fusões e aquisições no primeiro trimestre de 2025, segundo o mesmo levantamento da KPMG. Esse número representa uma queda de 6% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram contabilizados 350 negócios.
Apesar da retração, o movimento é considerado moderado e com tendência de recuperação ao longo do ano, segundo a análise da consultoria.
“O levantamento da KPMG mostrou que houve uma pequena desaceleração no ritmo de compra e venda das empresas no país se levarmos em conta os mesmos meses de 2024, mantendo a atividade de fusões e aquisições praticamente estável. Isso se deve a alguns fatores, principalmente, questões geopolíticas internacionais e a dinâmica do mercado que é mais fraca nos períodos iniciais do ano. A tendência é que esse movimento se recupere nos próximos trimestres”, analisa o sócio da KPMG, Paulo Guilherme Coimbra.












 
