A alta frequência de ataques cibernéticos envolvendo botnets tem elevado a preocupação global com a segurança digital. Segundo o NSFOCUS Botnet Trend Report, o Brasil aparece em quarto lugar entre os países com mais dispositivos infectados, posição que tem subido ano a ano.
Com base em dados coletados ao longo de 2024 e no primeiro semestre de 2025 pelo Sistema Global de Caça a Ameaças da NSFOCUS, empresa referência em cibersegurança, especialistas identificaram cinco tendências para a evolução das botnets.
1. Botnets apoiadas por governos
Haverá aumento de botnets utilizadas como “recursos de reserva estratégica” por governos. Esses grupos podem explorar a furtividade e capacidade de direcionamento para ataques a alvos específicos, além de disseminar desinformação e gerar pânico social em momentos críticos.
2. Crescimento de APTs e ransomware
Ataques avançados e malwares combinados, incluindo ransomware, DDoS e roubo de informações, devem se tornar mais prevalentes. Botnets serão cada vez mais usadas para coleta de inteligência e distribuição de componentes maliciosos.
3. Grupos com fins lucrativos
Hackers motivados por lucro vão expandir suas operações, adotando modelos semelhantes ao “drop-shipping”. Plataformas sociais como X e Telegram poderão ser usadas para anunciar, alugar e vender recursos comprometidos que controlam.
4. Métodos altamente eficazes
A furtividade dos Trojans Botnet será aprimorada com técnicas como DNS sobre HTTPS (DoH) e Algoritmos de Geração de Domínio (DGA), dificultando a detecção e o rastreamento. Na IoT, haverá aumento de técnicas de ofuscação e compactação para ocultar arquivos maliciosos.
5. Engenharia social
Grupos hackers devem dar maior ênfase à exploração de dados humanos. Para reduzir riscos de vazamento de informações críticas, eles separarão as ferramentas de propagação dos payloads de vulnerabilidades ou senhas fracas, tornando a engenharia social uma tática central nos ataques.
Especialistas alertam que a evolução das botnets exige monitoramento constante e estratégias de defesa adaptadas a ataques cada vez mais sofisticados.