O mercado de tecnologia vive um momento de virada histórica. De um lado, companhias pressionadas a escalar, inovar e automatizar com uma velocidade nunca antes vista. De outro, uma avalanche de soluções de inteligência artificial e automação que prometem transformar processos, mas que, na prática, nem sempre se traduzem em ganhos reais e sustentáveis para o negócio.
Nas conversas que tenho com executivos e líderes de tecnologia em diferentes países da América Latina e de outros mercados, uma mensagem aparece de forma consistente: o que as empresas realmente buscam não é mais uma ferramenta na prateleira ou um software de última geração desconectado da realidade do dia a dia. Elas querem parceiros de negócios aliados que entendam seus desafios específicos, atuem de forma consultiva e entreguem soluções tangíveis, que acelerem resultados e sustentem o crescimento.
Essa mudança de mentalidade redefine a relação entre fornecedores e clientes. Não basta “implantar” tecnologia: é preciso conectá-la às metas estratégicas, antecipar obstáculos, medir impacto e ajustar a rota junto ao cliente. O parceiro ideal hoje é aquele que enxerga além do produto, que entende o contexto do mercado, as pressões do setor e as metas corporativas, e que sabe integrar automação, integração e inteligência artificial de forma prática e orientada a resultados.
Empresas que conseguem assumir esse papel conquistam um espaço privilegiado no planejamento de seus clientes. Deixam de ser vistas como fornecedores substituíveis e passam a ser percebidas como parte essencial da estratégia de crescimento. Isso gera um vínculo de confiança de longo prazo, no qual ambas as partes compartilham riscos, co-criam soluções e comemoram vitórias lado a lado.
Na prática, isso significa estar presente desde o diagnóstico inicial até a implementação e otimização contínua, combinando visão estratégica, profundidade técnica e entendimento profundo das operações do cliente. Essa abordagem não só aumenta a efetividade das soluções entregues, como também fortalece ecossistemas inteiros, conectando competências, mercados e oportunidades de forma colaborativa.
Na era da IA, não é a ferramenta mais sofisticada que define quem lidera, mas a parceria mais sólida. As organizações mais bem posicionadas para crescer serão aquelas que conseguirem se tornar verdadeiros aliados estratégicos, ajudando seus clientes a navegar a complexidade, capturar oportunidades e transformar potencial em resultados concretos. Porque, no fim das contas, tecnologia é apenas um meio o diferencial real está em como se constrói valor junto a quem mais importa: o cliente.
*Por Lucas Felisberto, VP Latam de Vendas & CS da Jitterbit Latam.
