O suporte ao Windows 10 será encerrado em 14 de outubro de 2025, segundo a Microsoft. A partir dessa data, o sistema deixará de receber atualizações de segurança, correções de falhas e suporte técnico. Para empresas que ainda utilizam a plataforma, o cenário representa risco elevado de exposição a ciberataques.
Sem proteção oficial, vulnerabilidades críticas permanecerão sem solução, transformando computadores em alvos mais fáceis para cibercriminosos.
Lições do passado: ameaça comparada ao WannaCry
A ISH Tecnologia, referência nacional em segurança da informação e infraestrutura crítica, alerta que a situação é semelhante ao ataque global WannaCry, ocorrido em 2017, que paralisou operações de diversas organizações ao explorar falhas não corrigidas em versões antigas do Windows.
Entre as ameaças já documentadas no Windows 10 estão:
- PrintNightmare (CVE-2021-34527): falha no serviço Print Spooler que permite execução remota de código;
- CurveBall (CVE-2020-0601): brecha na CryptoAPI que possibilita falsificação de certificados digitais;
- ZeroLogon (CVE-2020-1472): falha crítica no protocolo Netlogon, explorada para assumir controle de Active Directories.
Riscos de não atualizar para o Windows 11
Empresas que permanecerem com sistemas desatualizados estarão mais vulneráveis a ransomware, roubo de dados, paralisações operacionais e movimentação lateral em redes corporativas. Além disso, o uso de plataformas sem suporte pode comprometer a conformidade com normas como LGPD, ISO 27001 e PCI-DSS.
“Ambientes desatualizados não só facilitam os ataques, como também podem comprometer auditorias, contratos e a confiança do mercado”, explica Hugo Santos, Diretor de Inteligência de Ameaças da ISH.
Oportunidade de modernização
Apesar dos riscos, o fim do suporte pode ser encarado como um momento estratégico para evoluir a infraestrutura tecnológica. “Atualizar para o Windows 11 é uma forma de aumentar a resiliência contra ameaças modernas, reduzir custos de manutenção e adotar ferramentas de produtividade integradas à nuvem e à inteligência artificial”, destaca a ISH.













