O malware PipeMagic segue explorando a vulnerabilidade CVE-2025-29824 do Microsoft Windows, mesmo após a liberação da correção oficial em abril deste ano. De acordo com a ISH Tecnologia, muitas empresas ainda não aplicaram o patch de segurança, o que mantém a brecha aberta e amplia a superfície de ataque em ambientes corporativos.
O código malicioso tem se disseminado por meio de falsos aplicativos do ChatGPT, usados como isca, e por técnicas avançadas como DLL hijacking e movimentação lateral em rede. Esses métodos aumentam consideravelmente as chances de roubo de credenciais e acesso a informações confidenciais.
Roubo de credenciais e movimentação em rede
O PipeMagic também utiliza mecanismos para capturar a memória do processo LSASS, recurso que permite extrair credenciais administrativas. Com isso, os invasores conseguem se mover livremente dentro das redes comprometidas, ampliando o impacto do ataque.
“Esse tipo de incidente reforça que a cibersegurança não depende apenas de soluções tecnológicas. A falta de atualização somada à engenharia social cria um ambiente propício para ataques de alto impacto”, ressalta Hugo Santos, Diretor de Inteligência de Ameaças da ISH Tecnologia.
Especialista alerta para medidas de proteção imediatas
Para reduzir a exposição, Santos recomenda três ações prioritárias:
- Gestão de vulnerabilidades e aplicação imediata de patches críticos, diminuindo a janela de exploração.
- Monitoramento contínuo e uso de ferramentas modernas de EDR/XDR e SIEM para identificar comunicações anômalas.
- Educação e conscientização dos usuários, já que a engenharia social continua sendo um dos principais vetores de ataque.
Riscos de compliance e danos à reputação
Além dos impactos técnicos, ataques desse tipo podem gerar riscos regulatórios, violar normas da LGPD e causar prejuízos financeiros e danos à reputação. A quebra de confiança de clientes e parceiros, segundo a ISH Tecnologia, é uma das consequências mais graves da falta de atualização e de políticas eficazes de segurança.













