A migração para ambientes em nuvem tem se tornado um passo estratégico para empresas que buscam flexibilidade e escalabilidade em suas operações. No entanto, a falta de controle financeiro sobre o consumo de recursos pode transformar o avanço tecnológico em um desafio orçamentário.
Para equilibrar desempenho e custos, a Unimed Porto Alegre implantou um programa estruturado de FinOps, com o apoio da Think, empresa especializada em infraestrutura, dados e cibersegurança. A iniciativa combina gestão financeira e visão de negócios para otimizar o uso da nuvem e corrigir rapidamente eventuais desvios de gastos.
Cultura de FinOps impulsiona eficiência e previsibilidade
O projeto foi iniciado há cerca de três anos, mas ganhou força em 2024, quando a Unimed Porto Alegre consolidou uma cultura de FinOps em toda a área de TI. A cooperativa, que atende mais de 660 mil pessoas, gerencia atualmente um ambiente multicloud, com três provedores e um data center interno.
“Hoje nós temos um contrato multicloud que envolve três provedores de nuvem, além de um data center interno (on premise). O FinOps ajuda muito na governança da nuvem, facilitando a gestão dos recursos e mantendo os custos dentro do orçamento”, afirma Alexandre Demichei, gerente de Infraestrutura, Cibersegurança e Sustentação de TI da Unimed Porto Alegre. “Para isso, é importante ter um parceiro como a Think, com conhecimento de várias nuvens, para ajudar na avaliação do que é atrativo (ou não) em cada uma, bem como nas decisões referentes à renovação dos contratos”, acrescenta.
Redução de custos e otimização contínua
Segundo Demichei, a integração entre tecnologia, processos e governança permitiu manter os custos de nuvem no mesmo nível de dois anos atrás, mesmo com o crescimento do negócio e a implementação de novos sistemas. “Com essa gestão eficiente, olhando arquitetura, processos e alternativas disponíveis, estamos conseguindo manter os mesmos custos do ambiente de dois anos atrás, sendo que o negócio cresceu nesse período, exigindo a implementação de novos sistemas e projetos de infraestrutura”, ressalta.
Desde a adoção do modelo, cerca de 50 projetos foram implantados. “Sem a gestão de FinOps, teríamos um acréscimo de 20% a 25% nos gastos com serviços de nuvem”, calcula Demichei.
Governança e resultados sustentáveis
Para a Think, o diferencial do trabalho está na governança e na busca constante por melhorias. “Estamos sempre monitorando o ambiente, identificando demandas das áreas ou de um novo serviço e olhando oportunidades de redução de custos, por meio da otimização dos recursos”, explica Marcelo Barradas, diretor comercial da Think na Região Sul.
Além da economia direta, a cultura de FinOps promove o compartilhamento de informações entre as equipes, a distribuição transparente de custos e reuniões periódicas de acompanhamento. Esse modelo garante previsibilidade orçamentária e sustenta o planejamento financeiro da cooperativa.
“Com o FinOps, hoje eu tenho previsibilidade de quanto vou gastar com nuvem daqui a um ano, o que é importante principalmente na hora de renovar contratos”, conclui Demichei.





