O mercado global de detecção e prevenção de fraudes segue em expansão. De acordo com a Future Market Insights, esse setor deve crescer de US$ 43,4 bilhões em 2025 para US$ 217,8 bilhões até 2035, evidenciando a demanda crescente por tecnologias antifraude. Nesse cenário, a Nethone, empresa especializada em mitigação de fraudes digitais, observa um avanço significativo nas táticas criminosas impulsionadas pela inteligência artificial generativa.
Segundo a companhia, fraudadores já utilizam IA para automatizar ataques, criar deepfakes mais realistas, clonar vozes de executivos e familiares e manipular identidades digitais em grande escala. Para 2026, a empresa aponta tendências que devem moldar o próximo ciclo de riscos.
Deepfakes e clonagem de voz ganham sofisticação
Com custos mais baixos e acesso democratizado a ferramentas avançadas, criminosos poderão produzir vídeos e áudios falsos altamente convincentes. Esses conteúdos podem ser usados para simular vozes em aprovações de transações, negociações, autenticações ou golpes direcionados a clientes e empresas.
Em resposta, soluções de IA defensiva evoluem para identificar sinais artificiais, inconsistências biométricas e padrões de manipulação em milissegundos, reforçando processos críticos de autenticação e transações sensíveis.
Ataques autônomos e bots sociais mais realistas
A Nethone também destaca o avanço de bots alimentados por IA capazes de conduzir conversas quase indistinguíveis das interações humanas. Essa evolução abre espaço para phishing altamente personalizado, engenharia social avançada e manipulação narrativa direcionada. Tecnologias baseadas em behavioral biometrics têm papel essencial nesse cenário, identificando microcomportamentos que agentes automatizados ainda não conseguem reproduzir.
Risco de confiança como novo vetor de ataque
A digitalização da confiança se torna um ponto crítico. A habilidade da IA generativa de imitar emoções, tons e padrões humanos dificulta a distinção entre interações reais e conteúdo fraudulento. Para mitigar esse desafio, empresas precisam adotar validação contínua de identidade, autenticação adaptativa e modelos de IA treinados para reconhecer sinais discretos de falsificações digitais.
“Em 2026, acreditamos que a segurança digital de alto nível não será mais apenas uma escolha tecnológica, será uma necessidade infraestrutural. As fraudes baseadas em IA generativa já não são uma ameaça futura, são realidades emergentes que exigem defesas à altura”, afirma Mateusz Chrobok, Head de Inteligência de Fraude da Nethone.
Setor cripto se torna alvo de fraudes escaláveis
O universo das criptomoedas é citado pela Nethone como um ambiente ainda mais vulnerável. Com transações irreversíveis e perfis muitas vezes anônimos, deepfakes e clones de voz ampliam o potencial de golpes sofisticados contra investidores e exchanges, aumentando a escalabilidade da fraude nesse mercado.
Para enfrentar esse risco, soluções que combinam IA defensiva, biometria passiva e análise comportamental estão se consolidando como padrão em plataformas cripto, fortalecendo a confiança em um setor sensível e altamente movimentado.
IA defensiva como infraestrutura essencial
A Nethone reforça que medidas tradicionais de segurança não são suficientes diante da nova geração de golpes digitais. A empresa defende a adoção de IA defensiva avançada, com capacidade de detecção em tempo real, autenticação adaptativa e colaboração entre empresas para ampliar a inteligência antifraude.
Para a companhia, essa camada tecnológica deixa de ser um diferencial competitivo e passa a atuar como infraestrutura crítica para garantir resiliência, eficiência e confiança em meio ao crescimento das fraudes sofisticadas.













