As empresas fornecedoras de serviços e plataformas de analytics vem avançando na maturidade, principalmente no mercado de médias empresas, que acelerou seu avanço e está mais perto de atingir os parâmetros das grandes companhias. Segundo o relatório ISG Provider Lens™ Analytics Platforms 2022, produzido e distribuído pela TGT/ISG, especialistas vêm entendendo os usos de ciência e engenharia de dados e auxiliando companhias a empregar as ferramentas e plataformas corretas, solucionando problemas de custo alto e pouco resultado. O relatório ISG Provider Lens™ Analytics Services 2022 revela crescimento no setor de serviços, com companhias declarando crescimento de mais de 50% em relação ao observado no último estudo.
O novo relatório traz uma análise dos quadrantes de ciência de dados e de engenharia de dados entre grandes e médias empresas, revelando que companhias de médio porte vendiam soluções prontas, se apresentando como empresas de tecnologia, o que vem mudando segundo a última análise. “Essas soluções prontas, em seu interior, são baseadas em ciência de dados, então esta mudança de abordagem, de uma proposta genérica de ciência de dados para uma abordagem mais focada e direcionada em solucionar um problema de negócios, ajudou muito essas empresas a implementarem essas soluções pois os benefícios ficam mais claros”.
Marcio Tabach, analista líder da TGT/ISG e autor do estudo, explica que os prestadores de serviços brasileiros entregam resultados com a mesma qualidade e profundidade que o mercado internacional, mas que a maturidade do mercado nacional ainda é um empecilho para os prestadores que querem evoluir. “Os clientes dos prestadores de serviço, independente do setor, estão mais atrasados ou menos digitalizados que os clientes das empresas nos EUA e na Europa. Isso coloca uma pressão maior nos prestadores brasileiros, de forma que eles precisam fazer uma medição do grau de maturidade analítica dos clientes, que estão mais atrasados que as empresas internacionais”, explica o autor.
Ele detalha que é necessário fazer um diagnóstico completo e que os bancos de dados das companhias são, normalmente, desorganizados e presos em silos, impedindo integração e cruzamento de informações. “Existe, nesses casos, uma baixa qualidade dos dados. Ou seja, existem dados repetidos e faltantes, registros incompletos e pouco enriquecimento. Tudo isso pode ser feito de forma automatizada. Neste quesito, que é o ponto de partida dos clientes brasileiros, o mercado está mais atrasado que as empresas da Europa e dos EUA, porque o Brasil ainda é um país menos digitalizado e isso exige mais dos prestadores nacionais”.
O relatório aponta que as plataformas analíticas estão sendo desenhadas para responder aos problemas mais comuns, como governança, auto machine learning, segurança e construção de catálogos. Há uma tendência em monetização de dados no setor de serviços, que, segundo o autor, ainda é incipiente no Brasil. “Podemos citar, por exemplo, uma empresa que trabalha com de distribuição de autopeças pode cruzar dados com um grupo de companhias que vendem autopeças e, com isso, dar uma previsão de demanda para um fabricante. Fazendo o cruzamento, é possível vender estes dados e os fabricantes terão essa previsão mais precisa”, explica.
Ele comenta que estudo para o Brasil teve menos casos de sucesso quando comparado com os EUA ou Europa e que, para que essa tendência se desenvolva, é necessário um conhecimento de engenharia de dados, para cruzar essas fontes, e de ciência de dados, para tornar os dados mais utilizados, além de um entendimento do negócio para identificar setores ou clientes que possam considerar a mesma solução útil. “Vimos casos nos quais o prestador de serviço faz uma parceria com uma empresa, ou seja, ele entra como sócia deste novo negócio que monetiza dados”.
As plataformas de analytics se tornaram vitais em razão da crescente preocupação com segurança e privacidade de dados, conforme o relatório. Elas permitem que sejam criadas instâncias de acesso para determinados conjuntos de dados, limitando o acesso a dados sensíveis para determinados profissionais ou departamentos. Na mesma direção, a plataforma também permite o mascaramento destes dados sensíveis, impedindo o vazamento de informações privadas de clientes e evitando penalização judicial para a empresa.
Tabach comenta que é indispensável que a escolha do melhor fornecedor seja feita com base em pesquisa extensa do portfólio e área de atuação de cada uma das opções disponíveis. “O prestador precisa fazer uma análise efetiva e honesta do seu grau de maturidade analítica, ou seja, de como ou seus dados dentro da empresa estão organizados, se eles têm plataformas modernas, integradas e um processo de curadoria de informações. Além disso, é muito importante avaliar se um prestador possui experiência e clientes naquele setor que ele atua, porque cada setor possui necessidades específicas que são, muitas vezes, submetidas às regulações no uso de dados, como no caso do setor financeiro. Ter um fornecedor que conheça o problema e saiba como resolvê-lo é fundamental”, finaliza.
Avaliação
O relatório ISG Provider Lens™ Analytics Services 2022 para o Brasil avalia as capacidades de 32 fornecedores em cinco quadrantes: Data Science Services — Large Enterprises, Data Science Services — Midmarket, Data Engineering Services — Large Enterprises, Data Engineering Services — Midmarket e Data Monetization Services.
O relatório nomeia Accenture, EY, IBM, Keyrus e Logicalis como Líderes em três quadrantes cada. Nomeia Blueshift, Deal, Kumulus e Qintess como Líderes em dois quadrantes cada. Compass UOL, Dedalus, Deloitte, Stefanini e UniSoma são apontadas como Líderes em um quadrante cada.
Além disso, a BRLink é apontada como Rising Star — empresas com “portfólio promissor” e “alto potencial futuro” pela definição do ISG — em dois quadrantes. GFT, Qintess e ST IT Cloud são nomeados como Rising Stars em um quadrante cada.
O relatório ISG Provider Lens™ Analytics Platforms 2022 para o Brasil avalia as capacidades de 26 fornecedores em dois quadrantes: Embedded Analytics e Business Analytics Platforms, e Data Governance Platforms.
O relatório nomeia a Qlik e a Semantix como Líderes em ambos os quadrantes. Ele nomeia Assesso, GoodData, IBM, Informatica, Microsoft, Oracle, SAS e Tableau como Líderes em um quadrante cada.
Além disso, Stibo e Zoho são nomeados como Rising Stars – empresas com um “portfólio promissor” e “alto potencial futuro” pela definição do ISG – em um quadrante cada.
Uma versão customizada do relatório está disponível na Assesso.