Depois do lançamento da última versão do ChatGPT, a Inteligência Artificial tem sido um assunto em alta. Atualmente, a IA pode ser utilizada como assistente virtual, método de aprendizado de dados, otimização de tarefas, forma de monitoramento constante, ferramentas de comparações, dentre outras funções.
Toda essa capacidade pode ser uma vantagem para as empresas, mas também se apresenta como um risco para a cibersegurança. Para Caio Telles, CEO da BugHunt, primeira plataforma brasileira de Bug Bounty, programa de recompensa por identificação de falhas, o potencial de inovação e otimização de processos da IA pode acabar se tornando um risco para a segurança digital porque o controle da tecnologia depende de quem está no comando. “Podendo ser revertida para fins maliciosos, com cibercriminosos usando funções como reconhecimento de padrões, resolução de problemas e tomada de decisões”, alerta.
Além disso, segundo o executivo, os cibercriminosos podem criar algoritmos que imitam comportamentos legítimos para evitar a detecção dos sistemas de segurança das empresas e também para explorar vulnerabilidades com o objetivo de obter acessos restritos e causar danos às companhias. “A IA pode ser utilizada por cibercriminosos para ajudar a compor a estratégia de ataque, ajudando a deixar scripts mais eficientes”, complementa.
A IA também pode ser aliada
O especialista reforça que a maneira de evitar riscos provocados por erros da Inteligência Artificial ou até mesmo da má intenção de cibercriminosos é a correção de possíveis brechas nos sistemas, blindando-os contra possíveis ciberataques. “O Bug Bounty está em crescimento no mercado digital porque é uma prática eficaz. Quando alguma ameaça é detectada, um relatório é feito e entregue para a empresa, facilitando o caminho para o desenvolvimento de métodos que façam essas vulnerabilidades serem eliminadas deixando os sistemas mais seguros”, pontua Telles.
De acordo com o CEO da BugHunt, essa tecnologia também pode analisar informações de várias fontes, incluindo logs de segurança, tráfego de rede e dados de usuário para fornecer insights valiosos, sendo uma aliada da cibersegurança.
“A IA serve como recurso na identificação de vulnerabilidades em sistemas de segurança. Com análise do código-fonte e identificação de pontos fracos, as organizações podem corrigir as falhas antes de serem exploradas por cibercriminosos, evitando vazamentos e invasões”, explica. “Além disso, a capacidade de processar grandes quantidades de dados em tempo real e identificar padrões e anomalias pode indicar atividades maliciosas”, conclui.
A IA é um campo da ciência da computação dedicado ao desenvolvimento de sistemas capazes de realizar tarefas com autonomia, por meio de algoritmos e banco de dados, sem a interferência humana. Esses sistemas também conseguem aprender com experiências anteriores, melhorando sua precisão ao longo do tempo. De acordo com um estudo realizado pela PWC, a Inteligência Artificial deverá contribuir com aproximadamente US$16 trilhões para a economia mundial até 2030.