Com a expansão do e-commerce, observa-se uma transformação global e irreversível do varejo. Com isso, empreendimentos como shopping centers vêm redefinindo seu modelo de negócios, tornando-se cada vez mais hubs de entretenimento, gastronomia e serviços. As lojas ainda representam parte importante do negócio, e também estão se adaptando ao novo cenário. Porém, uma das dores enfrentadas pelas administradoras para acompanhar essa evolução diz respeito ao tratamento de dados sobre o consumidor, a fim de gerar informações estratégicas que avaliem o desempenho dos estabelecimentos e auxiliem na adoção de medidas necessárias.
Soluções de contagem de fluxo e análise de comportamento, como o Shopper Insights, têm apoiado os shopping centers com bastante êxito, identificando com clareza eventuais falhas operacionais e pontos fortes que podem ser melhor explorados, com informações detalhadas e precisas apresentadas em painéis intuitivos (dashboards).
“Com recursos de Big Data, o Shopper Insights coleta um grande fluxo de dados: tráfego, zonas de calor, ocupação, entre outros, que são auferidos em tempo real. Esses dados são cruzados, interpretados e convertidos em informação enviada diretamente para a tela do usuário, para orientar os gestores na melhor tomada de decisão”, explica Rodolfo Arruda Filho, gerente de desenvolvimento de negócios da Sensormatic Solutions.
Ao mapear dias e horários de pico, tempo de permanência dos visitantes e áreas mais acessadas, o Shopper Insights fornece informações relevantes de toda a operação do shopping, auxiliando nas decisões de marketing, operacionais, financeiras e de outros departamentos. Desta forma, é possível definir escalas de trabalho adequadas à demanda, criar campanhas promocionais mais assertivas, avaliar o consumo de água e energia elétrica, explorar novos modelos de leasing e aprimorar o mix de lojas.
“Além de visualizar as informações de forma clara em painéis intuitivos, quem acessa a plataforma Shopper Insights pode gerar relatórios personalizados, como o histórico de fluxo do empreendimento, seja de um período específico ou desde o início do monitoramento no local. No caso de redes de shopping centers, por exemplo, os usuários conseguem, inclusive, fazer comparativos com outras unidades do mesmo grupo”, completa Rodolfo.
O executivo também comenta sobre como a consolidação do e-commerce reflete no desempenho das lojas instaladas em centros de compras. “Na última edição da NRF, principal evento de varejo do mundo, um dos temas centrais foi o estreitamento de laços entre varejista e cliente, a fim de entender a jornada do consumidor. Para estabelecer essa conexão é preciso conhecê-lo cada vez melhor, e com as informações fornecidas pela análise de fluxo e de comportamento do Shopper Insights é possível acompanhar toda a movimentação do cliente desde o momento em que entra na loja.
Segundo Rodolfo, há uma demanda latente do consumidor em conhecer e experimentar o objeto de desejo. “A tendência, cada vez maior, é de lojas físicas passarem a existir como um espaço de imersão e experiência exclusivas, em que o comprador decide se quer levar o produto na hora, inclusive fazendo autoatendimento, receber posteriormente em seu endereço ou ainda efetuar a aquisição via plataforma digital do varejista. Acompanhar a jornada do cliente e também contar com um sistema eficiente de checkout, um inventário inteligente baseado em RFID e um serviço de pós-venda dedicado possibilita aumentar o ticket médio, criar fidelização e melhorar o desempenho da loja como um todo.”
Mesmo com possível retração no consumo em 2023, reflexo do atual cenário econômico, Rodolfo acredita em um ano positivo para o varejo. “Observamos no último quadrimestre um crescimento maior do que o registrado no mesmo período de 2018 e 2019, enquanto que na Europa e nos Estados Unidos o setor em 2022 apenas igualou o patamar de crescimento pré-pandemia. Em janeiro deste ano, nossos shopping centers tiveram 13% de aumento no fluxo em comparação com o primeiro mês de 2022. Por isso, temos motivos para manter o otimismo e aproveitar as oportunidades, e a tecnologia está aí a nosso favor”, conclui.