A inteligência artificial (IA) é um ramo da computação que busca criar sistemas e programas capazes de realizar tarefas que, até então, só poderiam ser executadas por seres humanos, como reconhecimento de fala, identificação de objetos em imagens e tomada de decisões. Trata-se de uma solução tecnológica baseada em algoritmos de aprendizado de máquina que possibilitam que um sistema aprenda com exemplos e melhore seu desempenho ao longo do tempo.
Uma das principais transformações decorrentes da quarta revolução industrial, também conhecida como Indústria 4.0, é a própria IA, que hoje está amplamente disseminada ao redor do mundo e se caracteriza pelo tripé inovação, eficiência e personalização. A IA tem transformado a automação e a transferência de dados, assim como as fases de produção e os modelos de negócios, por intermédio de máquinas, computadores e ferramentas.
Já a Inteligência Artificial Generativa, que vem sendo cada vez mais difundida pelos usuários, é uma esfera da IA tradicional que se concentra em gerar novos dados, conteúdos, textos, imagens e até mesmo vídeos, ao mesmo tempo em que aprende e evolui tendo como sustentação uma extensa gama de informações disponíveis na internet. É uma ferramenta que utiliza uma linguagem mais natural, como em uma conversa informal, o que facilita a sua utilização por parte das pessoas e profissionais de diversas áreas do mercado.
Uma característica bastante interessante que constitui a IA Generativa é a habilidade que essa tecnologia retém de aprender no decorrer de seu uso, uma vez que aprimora suas funcionalidades sem que profissionais do setor de tecnologia precisem atualizá-la manualmente. Isso significa que essa ferramenta se autoavalia e desenvolve suas funcionalidades a cada uso de maneira espontânea.
Ao observar as inovações recentes da IA Generativa é impossível não citar o ChatGPT, que, em apenas dois meses desde o lançamento mundial, registrava mais de 100 milhões de usuários. Vale ressaltar que o que mais cativou as pessoas é o fato de que estamos falando de uma tecnologia capaz de compreender o que quer dizer cada frase com alto desempenho de interpretação – diferentemente de chatbots comuns, por exemplo.
Um dos benefícios de seu uso são os conteúdos personalizados gerados com bastante facilidade, decorrentes da ampla opção de informações à disposição da ferramenta. Outra vantagem é a otimização da comunicação entre o cliente e a empresa, em que o uso da IA Generativa pode proporcionar economia de tempo e dinheiro, assim como um acréscimo na produtividade das organizações e de seus funcionários.
A IA Generativa também tem um grande potencial para revolucionar a maneira como produzimos e consumimos conteúdos, pois apresenta a função de entreter e gerar ideias inovadoras para escrita em momentos de bloqueio criativo. Um escritor que está enfrentando dificuldades para ter ideias para sua história pode recorrer a uma IA Generativa para ajudá-lo a encontrar outros caminhos criativos. A máquina tem capacidade para gerar opções de enredo, personagens, diálogos e outras informações que consigam inspirar o autor com novos insights para seu livro, filme ou novela.
Desde já é perceptível que a principal revolução causada pela IA Generativa será aplicada e refletida na sociedade, especialmente na maneira como as pessoas trabalham, porque o tempo e a energia delas poderão ser remanejados para demandas mais estratégicas, enquanto atividades que não carecem de tanto senso crítico serão conduzidas com menos esforço. À medida que a tecnologia avançar, haverá ainda mais possibilidades e oportunidades para todos nós em várias áreas do conhecimento.
É emocionante pensar em como a IA Generativa pode continuar a mudar o mundo nos próximos anos e décadas – e estamos apenas no começo dessa jornada. O futuro, realmente, já começou.
*Por Cleyton Ferreira, CTO da Compass UOL.
