A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) lançou recentemente a terceira edição da campanha “Pare e Pense: Pode ser Golpe”, visando fornecer informações e orientações aos clientes bancários para protegê-los de golpes cibernéticos. Paralelamente, a KPMG identificou as principais preocupações em segurança cibernética que as instituições financeiras precisam monitorar no futuro. Leandro Augusto, sócio-líder de segurança cibernética da KPMG, salientou que a rápida transformação digital alterou significativamente o modus operandi dos criminosos virtuais, e essas mudanças terão um impacto crescente na segurança bancária.
Os quatro fatores críticos a serem considerados são:
- Phishing: Uma técnica amplamente adotada por criminosos, que enganam os usuários da internet para obter informações pessoais, financeiras e confidenciais. Bancos devem se concentrar nessa ameaça, especialmente quando hackers a utilizam para atacar tanto os clientes quanto os funcionários, sobretudo aqueles com privilégios elevados nos sistemas da instituição.
- Ransomware: Nesse tipo de ataque, criminosos bloqueiam o acesso à máquina da vítima, criptografando seus dados com um vírus. Os invasores empregam diversas táticas de extorsão para forçar o pagamento de um “resgate”. Se bem-sucedido, esse tipo de ataque pode afetar de maneira abrangente os padrões de conformidade regulatória das instituições.
- Cadeia de fornecedores: Ataques realizados por meio de fornecedores terceirizados comprometidos, permitindo que os criminosos contornem os controles de segurança, abrindo caminho para informações confidenciais dos clientes por meio de fornecedores terceirizados, o que pode impactar diversas empresas.
- Inteligência artificial na prevenção de fraudes e ataques: Uma tendência crescente em segurança cibernética no setor bancário, com grandes bancos adotando técnicas de detecção de anomalias e inteligência artificial para identificar comportamentos de risco, fraudes em pagamentos, empréstimos e integração de clientes.
Claudio Sertório, sócio-líder de serviços financeiros da KPMG, destacou a crítica importância da segurança cibernética no setor bancário, especialmente diante do avanço dos pagamentos digitais e da digitalização do sistema financeiro, tornando os bancos alvos prioritários para ataques cibernéticos. A constante evolução das tecnologias exige investimentos adicionais por parte das instituições bancárias para abordar a crescente complexidade e velocidade das ameaças.