A era digital nos proporcionou uma expansão sem precedentes da inovação e da conectividade, mas também trouxe uma preocupação crescente com a segurança cibernética. Neste cenário, cada vez mais desafiante, a Inteligência Artificial (IA) surge como uma aliada na luta contra os ataques virtuais, pois ela busca emular funções cognitivas e de aprendizagem humanas. Sua capacidade de raciocinar, perceber, reconhecer padrões, tomar decisões e resolver problemas faz dela um recurso inestimável em segurança cibernética.
No entanto, é importante lembrar que a IA não é uma varinha mágica que resolve todos os problemas de segurança cibernética instantaneamente. Pelo contrário, é uma ferramenta poderosa que, juntamente com outras abordagens, pode fortalecer significativamente a postura de segurança de uma organização. Esses recursos permitem que a IA analise grandes quantidades de dados e detecte padrões que seriam difíceis de identificar usando métodos convencionais.
Mas, como qualquer recurso no campo da segurança cibernética, as ferramentas de IA requerem tempo para serem implementadas e atingirem maturidade. Portanto, é essencial começar a implementar essas ferramentas antecipadamente para que possam evoluir e crescer nas suas capacidades de defesa contra ameaças.
É importante notar também que a IA não substitui completamente a intervenção humana. Ela pode ser menos eficiente nas suas fases iniciais de implementação, uma vez que necessita aprender constantemente e recorrer a várias fontes de informação. Isso significa que a sua eficácia aumenta com o tempo e com a experiência acumulada.
À medida que a IA evolui, torna-se cada vez mais valiosa numa variedade de contextos de segurança cibernética. Porém, ainda não atinge o nível de compreensão que um ser humano tem do contexto de uma organização ou negócio. A compreensão humana do cliente, da sua indústria e do seu modelo de negócio permanece incomparável.
Além disso, é importante ter em mente que os cibercriminosos também utilizam a Inteligência Artificial como ferramenta para ataques cibernéticos, o que dá ambiguidade a essa ferramenta e obriga as empresas a utilizá-la de forma eficiente e como parte de um conjunto de diferentes ações que abrangem toda a segurança cibernética.
Em resumo, a Inteligência Artificial é uma ferramenta poderosa e valiosa na proteção contra os ataques cibernéticos, mas sua colaboração precisa do talento humano para proteger eficazmente as organizações no mundo digital em constante mudança.
*Por Carlos Bustos, gerente de Cibersegurança da SONDA.