A ampliação do uso da Inteligência Artificial (IA) nas soluções tecnológicas tornou-se inevitável em diversos setores. Segundo dados da IBM, 41% das empresas brasileiras já incorporam a IA em suas operações. No entanto, o crescimento dessa tecnologia, especificamente a IA generativa, traz consigo riscos significativos para a segurança corporativa.
Caio Telles, CEO da BugHunt, destaca os perigos relacionados ao desenvolvimento da IA generativa, responsável por criar textos, áudios, imagens e vídeos em resposta a linguagem comum. Essa ferramenta tem sido utilizada para produzir conteúdos falsos altamente convincentes, representando ameaças desde falsificações simples até deepfakes, elevando os riscos de ataques de phishing e engenharia social.
A IA generativa já é empregada na criação de sites adulterados e na automação de ataques cibernéticos, com malwares sofisticados capazes de contornar as defesas das empresas. Telles alerta que a capacidade dessa tecnologia de criar conteúdos falsificados pode impactar significativamente a integridade das informações e a confiança dos clientes nas empresas.
Diante desse cenário, as empresas buscam investir em mecanismos protetivos. Segundo a consultora Gartner, os gastos mundiais em segurança cibernética devem atingir US$ 215 bilhões em 2024. No entanto, Telles destaca a necessidade de direcionamento estratégico nesses investimentos, considerando a rápida evolução da IA.
O CEO da BugHunt enfatiza a importância de uma abordagem proativa e abrangente para lidar com os riscos associados à IA generativa. Recomenda a implementação de sistemas robustos de detecção e resposta a incidentes e sugere a busca por soluções externas, como programas de bug bounty, nos quais “hackers do bem” são recompensados por identificar vulnerabilidades, auxiliando as empresas a manterem-se à frente dos cibercriminosos.