Um estudo recente ressalta que os ataques cibernéticos atingiram seu auge nos últimos dois anos, incentivando empresas a repensar suas estratégias de segurança. De acordo com uma pesquisa da Check Point Research, os ataques cibernéticos globais aumentaram em 8% no segundo trimestre de 2023, alcançando o maior patamar em dois anos, um alerta para organizações em todo o mundo.
No Brasil, a tendência não é diferente. O país se destaca como a segunda maior nacionalidade na plataforma Impressions, responsável pela produção de deepfakes, representando 20% dos usuários totais do aplicativo.
Especialistas concordam que esse aumento nos ataques cibernéticos reflete uma nova tendência: o uso de deepfakes como uma ferramenta poderosa nas mãos de criminosos. Evandro Alexandre Ribeiro, Head de Segurança da Informação da Avivatec, empresa especializada em consultoria de tecnologia, ressalta que essa é uma ameaça em ascensão que demanda atenção imediata.
Os deepfakes representam uma nova fronteira no cenário dos ataques cibernéticos, oferecendo aos criminosos uma maneira sofisticada de enganar empresas e indivíduos. Ribeiro destaca a importância de medidas preventivas para proteger organizações contra essa ameaça.
Um incidente recente em Hong Kong ilustra os perigos dos deepfakes no ambiente empresarial. Um funcionário financeiro de uma multinacional foi vítima de um elaborado golpe, no qual os fraudadores usaram inteligência artificial para se passarem por diretores da empresa. O resultado foi uma transferência de US$ 25 milhões em uma transação fraudulenta, evidenciando os impactos financeiros devastadores dessas tecnologias.
Diante disso, a urgência de investimentos em cibersegurança para proteger os negócios contra essas ameaças é inquestionável. Para Ribeiro, investir em cibersegurança não é mais uma opção, mas uma necessidade para proteger ativos e clientes. Ele destaca a necessidade de desenvolver ferramentas e tecnologias avançadas para combater a proliferação de deepfakes e seus impactos negativos.
Um relatório da Kaspersky revelou que, no Brasil, apesar do aumento dos deepfakes, 65% da população ainda não compreende totalmente o conceito dessa tecnologia. Portanto, uma abordagem proativa e uma cooperação contínua entre especialistas em segurança, autoridades reguladoras e o público em geral são essenciais para mitigar os riscos associados aos deepfakes e proteger dados e ativos em um mundo digital em constante evolução.