Um levantamento realizado pela Redbelt Security, consultoria especializada em cibersegurança, revela um alarmante crescimento nos ataques cibernéticos direcionados às empresas de serviços públicos. Segundo a consultoria, mais de 10 mil incidentes foram registrados apenas em 2023, impactando setores vitais como energia, água, transporte público e telecomunicações. Esse aumento é atribuído ao valor e à sensibilidade dos dados mantidos por essas empresas, que têm sido alvos frequentes de criminosos em busca de ganhos ilícitos.
Willian Amorim, consultor de cibersegurança da Redbelt Security, destaca a gravidade da situação: “Apesar da dificuldade em quantificar exatamente o número de ataques devido à falta de dados consolidados e à sofisticação dos métodos utilizados pelos criminosos, estima-se que mais de 10 mil golpes tenham ocorrido em 2023.”
Os ataques mais comuns incluem o roubo de dados para a geração de boletos falsos, golpes de phishing por e-mail ou mensagens de texto e ataques de ransomware, que bloqueiam dados das empresas exigindo resgate para liberá-los. Essas práticas têm impacto direto na continuidade das operações e na confiança dos clientes, exigindo das empresas investimentos significativos em segurança cibernética.
Amorim ressalta a importância de medidas preventivas e uma cultura organizacional voltada para a proteção digital: “É fundamental que as empresas de utilities invistam em segurança cibernética para garantir a excelência no atendimento, proteger os dados sensíveis dos clientes e evitar interrupções nas operações.”
Além disso, é crucial conscientizar os consumidores sobre os riscos e fornecer orientações para evitar golpes cibernéticos. Entre as recomendações estão verificar a autenticidade de boletos e e-mails antes de efetuar pagamentos, manter dados pessoais e bancários seguros e contatar a empresa de serviços públicos em caso de dúvidas sobre comunicações recebidas.
Diante do cenário desafiador da cibersegurança, a Redbelt Security enfatiza a necessidade de uma abordagem proativa e colaborativa entre empresas e consumidores para mitigar os impactos dos ataques cibernéticos e proteger a infraestrutura essencial para a sociedade.