No cenário de constante evolução do mundo dos negócios, a transição de modelos tradicionais, como o break-fix, para um ecossistema de provedores de serviços gerenciados (MSPs) é uma tendência que ganha cada vez mais destaque. Embora não seja uma tarefa fácil, por demandar uma transformação na cultura de muitas empresas, a implementação desses serviços se tornou estratégica para o sucesso das organizações.
Os MSPs são especialistas em manter infraestruturas de TI de forma proativa, ao contrário do formato mais conservador, baseado na lógica de contratar profissionais para consertar problemas ou falhas no sistema. Ao optar por essa modalidade inovadora, é possível melhorar a eficiência e a produtividade, contribuindo para uma redução de custos significativa.
No entanto, o caminho em direção a uma solução mais moderna e disruptiva é permeado por considerações que vão além da superfície, levando-nos a questionar não apenas o que oferecemos a nossos clientes, mas como aplicamos esses princípios a nossos próprios negócios.
Seja enquanto proprietários ou gestores de empresas, a busca por excelência se torna central. A pergunta é: priorizar uma contabilidade especializada para empresas de serviços de TI, ou ceder à tentação de escolher a opção mais econômica? Comparando esse cenário à manutenção de um ar-condicionado, por exemplo, fica claro que a decisão de investir em manutenção periódica versus economizar a curto prazo pode definir o desempenho futuro.
A reflexão ganha maior profundidade no contexto da transformação e amadurecimento operacional. Em interações com clientes, é frequente ouvir que a persuasão sobre a necessidade dos serviços gerenciados é uma tarefa árdua. Entretanto, essa questão deve ser virada para o interior das próprias organizações. A mentalidade adotada pela empresa em relação à busca por serviços que realmente agregam valor e eficiência pode moldar a própria trajetória corporativa.
É importante compreender que a complexidade da transição para o modelo de negócios dos MSPs não reside apenas na venda dessa abordagem inovadora. O verdadeiro desafio está em reconhecer que a transformação deve começar internamente, alterando a mentalidade organizacional e reestruturando a forma de fazer negócios.
Nessa jornada, o MSP não é apenas um provedor de serviços, mas também uma ferramenta que pode impulsionar tanto seus clientes quanto a si mesmo para um sucesso duradouro. Por isso, compartilho algumas vantagens dos sistemas gerenciados em comparação com o modelo break-fix:
Proatividade versus reatividade:: enquanto o modelo break-fix reage a problemas quando eles ocorrem, os MSPs trabalham de forma proativa para identificar e resolver potenciais problemas antes que eles afetem a operação normal dos sistemas. Isso ajuda a evitar interrupções e a minimizar os impactos negativos nos negócios dos clientes.
Previsibilidade financeira: a operação geralmente acontece com contratos de serviço mensais ou anuais, o que permite que as empresas tenham uma previsão mais precisa dos custos de suporte e manutenção.
Escalabilidade e flexibilidade: os MSPs oferecem uma variedade de serviços, desde monitoramento e manutenção até suporte técnico avançado e consultoria em TI. Isso permite que as empresas escolham os serviços que melhor atendam às suas necessidades, escalando ou reduzindo conforme necessário.
Segurança e atualizações: foco em manter os sistemas dos clientes atualizados com as últimas correções de segurança e atualizações de software. Isso ajuda a reduzir os riscos de violações de segurança e problemas de desempenho.
A tendência de adoção dos MSPs como modelo preferencial está, de fato, relacionada à crescente complexidade das tecnologias de informação e à importância crítica da TI para os negócios. Com empresas cada vez mais dependentes de sistemas digitais para suas operações, a abordagem desses sistemas ajuda a garantir a disponibilidade, a segurança e o desempenho contínuo dos sistemas de TI.
*Por Rodrigo Gazola, CEO e fundador da ADDEE.